sexta-feira, 17 de abril de 2015

Aulas 06/04 a 08/04

Estilo de época

Pesquisar e responder:

1. O que é estilo de época?

2. Assinale as alternativas que mostram que o estilo de época romântico ou a escola literária do
Romantismo valorizava como ideal o escritor que tratava dos seguintes temas:

a) ( ) as emoções pessoais;
b) ( ) os deuses greco-romanos;
c) ( ) o amor;
d) ( ) o mistério;
e) ( ) a noite;
f ) ( ) o evolucionismo.


Literatura: arte ou diversão?

1. Preencha os espaços com os termos adequados ao sentido do texto, escolhendo-os entre as palavras a seguir. Irão sobrar alguns termos.

arte – literatura – momento da história – momento de fraqueza – revolução social – realidade social – valores – histórica – geográfica – medo – ruptura – tradição – beleza – diversão – estudo e pesquisa

Ao observarmos uma obra de ___________, tal como um quadro ou uma escultura, devemos lembrar que foram produzidas num determinado ___________da humanidade e numa determinada ___________. Cada sociedade possui suas crenças, ___________e hábitos, os quais mudam com o tempo.
Toda obra de arte tem uma preocupação ___________: trata, ao longo do tempo, de temas humanos. Isso leva muitos a respeitarem a ___________ artística por refletir sobre o que foi feito por outros seres humanos ao longo do tempo. Essas preocupações raramente aparecem em textos que visam à diversão.
Para muitas pessoas, acostumadas apenas a textos de distração, a ___________ tem de ser aceita imediatamente. A pessoa olha para algo e diz: “É belo!”. Mas a arte, de um modo geral, pede outra definição de beleza, que pressupõe certos conhecimentos específicos. Nos dias de hoje, em que as pessoas confundem arte com ___________, poucos se preocupam em aprofundar-se nos  conhecimentos necessários para a apreciação artística. E arte não é uma simples diversão!

2. Das alternativas a seguir, qual é a melhor pergunta para figurar como título do texto expositivo
anterior?
a) Arte e diversão são a mesma coisa?
b) A arte é produzida em um momento da história?
c) Por que muitos respeitam a tradição artística?
d) Com o que se preocupa a diversão?


Aula: 01/04/15

Leitura e análise de texto

A redação e o vestibular

A redação nos chamados grandes vestibulares não é bem o que se apregoa no Ensino Médio. Para atender ao que Unicamp, Unesp e USP, por exemplo, pedem a seus futuros alunos, o candidato deve conseguir superar o modelo oferecido pela maioria dos colégios e cursinhos.
Uma redação que siga uma estrutura muito divulgada de introdução, com resumo do assunto abordado, desenvolvimento genérico do tema proposto e conclusão retomando a introdução, consegue no máximo uma nota mediana. Muitas redações mal pontuadas escondem o triste paradoxo de o candidato acreditar que havia feito um bom trabalho.
[...]

LANDEIRA, J. L. A redação e o vestibular. In: Folha de S.Paulo. 17 fev. 2004. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u739.shtml>. Acesso em: 6 nov. 2009.

Responda às questões:

1. Qual é o assunto tratado no texto?

2. Sobre esse assunto, o autor defende a opinião de que:

I. Fazer uma boa redação deixou de ser importante para aprovação em vestibulares de instituições sérias de Ensino Superior.
II. As técnicas de redação ensinadas pela maioria das instituições educacionais não preparam o aluno para o vestibular.
III. Os alunos são muito fracos na sua capacidade de aprender e por isso não conseguem fazer boas redações.
IV. É obrigação do leitor de uma redação se esforçar para entender o que o autor quis dizer com aquilo que escreveu.

Aulas 16/03, 17/03 e 18/03

 Revisão: Morfologia

Classe de palavras: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.


Por que é importante aprender sobre o assunto?
Este é o questionamento de muitos estudantes brasileiros. Bem, após compreendermos o funcionamento das regrinhas dessas 10 classes gramaticais ficará muito mais fácil a abordagem de novos conhecimentos. No estudo língua portuguesa, uma informação puxa outra. O uso da vírgula depende deste e de outras conceituações. Se você não entender o conceito de substantivo, por exemplo, poderá mais a frente confundi-lo com o sujeito na sintaxe. As denominações são diferentes. Mas não é só isso. Imagine você prestando um concurso público e vê uma questão como esta:

Texto de apoio: Dinheiro lidera os motivos de brigas entre casais no País


"Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir que está no controle da situação.
  Mesmo quando as finanças vão bem, dinheiro é o principal motivo de briga entre casais. Se as contas andam
apertadas, então, o terreno é propício para que ambos descontem suas ansiedades um no outro. Mas, com um pouquinho de esforço, dá pra lidar com essa parte chata da vida a dois e barrar as brigas antes mesmo que elas comecem. Em primeiro lugar, é importante que o casal fale a mesma língua quando se trata de dinheiro (na próxima página, montamos um teste para vocês avaliarem se estão mesmo alinhados). Pesquisa mundial feita recentemente mostrou que 72% dos casais se preocupam com os gastos do parceiro. Se um se sacrifica para economizar, e o outro torra a grana, problemas à vista.
      Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir
que está no controle da situação. Só fique esperto para bater este papo no momento certo. “Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas contas”, sugere o consultor financeiro Jill Gianola. Em vez disso, procure uma hora em que os dois estejam calmos e sem distração.
      É importante que o casal esteja alinhado nas decisões de com o quê gastar, como economizar e quanto investir. Se apenas um exerce controle sobre as finanças, o outro pode acabar se sentindo excluído e impotente. É bacana que vocês decidam juntos quem paga o quê – e como. A renda de vocês é unificada ou cada um tem sua conta separada no banco? Vocês consultam um ao outro antes de fazer uma aquisição que comprometa o orçamento da casa? Quem é o responsável pelas contas? Se vocês estão se entendendo do jeito que está, ótimo. Mas, de qualquer forma, a regra de ouro pra não rolar estresse é não esconder do parceiro nenhum tipo de gasto.
      Brigas sobre dinheiro são um dos principais motivos que levam um casal ao divórcio. Se você e seu companheiro não conseguem falar sobre o assunto sem que isso vire um pé de guerra, e isso está colocando seu relacionamento em risco, pense em procurar ajuda. Um consultor financeiro pode dar dicas de como administrar as finanças, enquanto uma terapia de casal pode ajudar os dois a resolverem certas diferenças. O segredo é conversar, ter comprometimento e não culpar o outro por fatores que estão fora de seu controle. Pensamento positivo: se vocês s

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Aula 31/03/15 - Intertextualidade temática

Intertextualidade temática consiste na abordagem do mesmo assunto.

Retomada dos textos:

Caviar
(Refrão)
Você sabe o que é caviar?
Nunca vi, nem comi
Eu só ouço falar
Você sabe o que é caviar?
Nunca vi, nem comi
Eu só ouço falar...
Caviar é comida de rico
Curioso fico
Só sei que se come
Na mesa de poucos
Fartura adoidado
Mas se olhar pro lado
Depara com a fome...
Sou mais ovo frito
Farofa e torresmo
Pois na minha casa
É o que mais se consome
Por isso se alguém
Vier me perguntar
O que é caviar?
Só conheço de nome...
(Refrão)
Geralmente
Quem come esse prato
Tem bala na agulha
Não é qualquer um
Quem sou eu
Pra tirar essa chinfra
Se vivo na vala
Pescando muçum...
Mesmo assim
Não reclamo da vida
Apesar de sofrida
Consigo levar
um dia eu acerto
Numa loteria
E dessa iguaria
Até posso provar
Você sabe!...
Luiz Grande/Marco Diniz/Barbeirinho do Jacarezinho,2001 by universal Publishing.

Trecho da obra  juiz de Paz da Roça de Martins Pena


"Juiz (assentando-se): Era muito capaz de esquecer. Sr. Escrivão, leia o outro requerimento.
Escrivão (lendo): Diz Francisco Antônio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua. “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V.S.ª mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher.”
Juiz: É de verdade que o senhor tem o filho da égua preso?
José da Silva: É verdade; porém o filho me pertence, pois é meu, que é do cavalo.
Juiz: Terá a bondade de entregar o filho a seu dono, pois é aqui da mulher do senhor.
José da Silva: Mas, Sr. Juiz...
Juiz: Nem mais nem meio mais; entregue o filho, senão, cadeia.
José da Silva: Eu vou queixar-me ao Presidente.
Juiz: Pois vá, que eu tomarei a apelação.
José da Silva: E eu embargo.
Juiz: Embargue ou não embargue, embargue com trezentos mil diabos, que eu não concederei revista
no auto do processo!
José da Silva: Eu lhe mostrarei, deixe estar.
Juiz: Sr. Escrivão, não dê anistia a este rebelde, e mande-o agarrar para soldado.
José da Silva (com humildade): Vossa Senhoria não se arrenegue! Eu entregarei o pequira.
Juiz: Pois bem, retirem-se; estão conciliados. (Saem os dous.) Não há mais ninguém? Bom, está
fechada a sessão. Hoje cansaram-me!"

MARTINS PENA, Luis Carlos. Juiz de Paz da Roça. Fonte: Ministério da Cultura. Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_
obra>. Acesso em: 21 out. 2008. 


 Responda: 
1. O tema do abuso do poder presente em Juiz de Paz da roça ainda é atual? Por quê? 
2. Que exemplos de sua comunidade você consegue relacionar com o texto lido? Por quê?
3. Que semelhanças encontra entre Juiz de Paz da roça e a letra da música Caviar?


 Conceito amplo de intertextualidade:

http://parcimoniadna.blogspot.com.br/2012/06/z-intertextualidade-alguns-textos.html  


Aulas: 25/03/15 e 30/03/15 - Análise da obra Juiz de paz da roça

Complementando a aula anterior (24/03/15), analisaremos um trecho da obra de Martins Pena: Juiz de Paz da Roça

Questionamento inicial:
Quais as semelhanças e diferenças entre o texto de Martins Pena e a letra de música Caviar?

Para saber mais!

 
"Juiz (assentando-se): Era muito capaz de esquecer. Sr. Escrivão, leia o outro requerimento.
Escrivão (lendo): Diz Francisco Antônio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua. “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V.S.ª mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher.”
Juiz: É de verdade que o senhor tem o filho da égua preso?
José da Silva: É verdade; porém o filho me pertence, pois é meu, que é do cavalo.
Juiz: Terá a bondade de entregar o filho a seu dono, pois é aqui da mulher do senhor.
José da Silva: Mas, Sr. Juiz...
Juiz: Nem mais nem meio mais; entregue o filho, senão, cadeia.
José da Silva: Eu vou queixar-me ao Presidente.
Juiz: Pois vá, que eu tomarei a apelação.
José da Silva: E eu embargo.
Juiz: Embargue ou não embargue, embargue com trezentos mil diabos, que eu não concederei revista
no auto do processo!
José da Silva: Eu lhe mostrarei, deixe estar.
Juiz: Sr. Escrivão, não dê anistia a este rebelde, e mande-o agarrar para soldado.
José da Silva (com humildade): Vossa Senhoria não se arrenegue! Eu entregarei o pequira.
Juiz: Pois bem, retirem-se; estão conciliados. (Saem os dous.) Não há mais ninguém? Bom, está
fechada a sessão. Hoje cansaram-me!"
MARTINS PENA, Luis Carlos. Juiz de Paz da Roça. Fonte: Ministério da Cultura. Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_
obra>. Acesso em: 21 out. 2008. 

1. Responda às seguintes questões:
a) A conduta do juiz revela uma personalidade. Descreva-a.
b) Que palavras dificultaram sua compreensão do texto? Como você resolveu essa dificuldade?
2. Elabore um pequeno resumo do texto de Martins Pena, procurando encontrar a crítica social presente nele. Lembrem-se de que resumos não apresentam opiniões, limitam-se apenas a sintetizar as ideias do texto de outros.
3. O texto de Martins Pena foi escrito no século XIX e mantém a forma de se expressar da época. Isso pode trazer alguns desafios para o leitor do século XXI. Por exemplo, o que você entende quando o texto diz: “Sr. Escrivão, não dê anistia a este rebelde, e mande-o agarrar para soldado”?

Estudando a ambiguidade
Observe:

"Acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo."

Por que essa passagem provoca riso em muitos leitores?

Vídeo complementar:

Leitura complementar:


Em 1833, Martins Pena escreveu Juiz de Paz da Roça.  O título da obra faz referência a um cargo de grande responsabilidade e poder. Supunha-se que a pessoa havia estudado muito, feito faculdade de Direito e que ela mandava nos outros a seu redor. Ainda mais no século XIX, em que havia poucas oportunidades para as pessoas estudarem. Roça, por outro lado, lembra o campo, ambiente de pessoas mais simples.
 Destaque-se os aspectos autoritários na conduta do Juiz de Paz no texto de Martins Pena. Ele é muito mandão e não está realmente interessado em resolver os problemas das pessoas, mas, antes, prefere se ver livre daqueles que vão até ele. Mais ainda, abusa do poder e ameaça quem não faz o que ele quer.
Podemos entender neste trecho:  “Sr. Escrivão, não dê anistia a este rebelde, e mande-o agarrar para soldado” que  “agarrar para soldado” significa enviar a pessoa para servir no exército, como soldado. É interessante notar que a expressão está construída de tal maneira que não é familiar ao leitor. Isso se dá porque o texto foi escrito no século XIX e mantém a forma de se expressar da época. Martins Pena critica o mau uso do poder. O tom de comédia do texto deixa a crítica mais leve, mas o leitor pode dar-se conta de que, mesmo  depois de tanto tempo, o mau uso do poder ainda é um tema atual. Pode ser que o texto pareça antiquado, o enredo talvez trate de acontecimentos que não se veem mais nos dias de hoje, mas o tema do abuso do poder se mantém atual. Isso costuma acontecer com os textos literários.
Quando pensamos nos muitos casos que lemos, em jornais e revistas, hoje em dia, de pessoas que abusam do poder e da responsabilidade que têm, fazendo mau uso de seu cargo, podemos avaliar que esse problema não é novo no Brasil. Martins Pena é um exemplo de escritor que se sentiu incomodado com isso em seu tempo e o transformou em tema de sua obra literária. A crítica ácida da peça de Martins Pena fazia a pessoa rir e pensar na realidade a seu redor.
Chamamos de comédia de costumes àquela cujo objetivo é promover a crítica social do homem a partir de suas diferenças de classe social, de meio onde vive e da personalidade.
Será fácil exemplificar esse conceito, tão difundido, no teatro do século XIX, no texto de Martins Pena.
Cabe ressaltar que a televisão herdou a comédia de costumes: sua presença se faz sentir em telenovelas e em programas humorísticos específicos.

Obra completa em PDF:
JUIZ DE PAZ DA ROÇA